quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Konrad Heilmann - Saiu de Guidoval e pousou no Estado do Rio - 155 kms!

Por Konrad Heilmann

Desde quinta-feira dia 20 eu já estava de olho nas previsões que me mostravam claramente que domingo, segunda e Terça seriam bons dias de vôo. Como para piloto de vôo duplo domingo é dia sagrado para trabalhar eu me planejei para voar segunda. e terça.
Provavelmente voando de Porciuncula no primeiro dia e Guidoval no segundo, já que de leste o vôo seria naquela direção. Liguei para o Gilson de Nova Iguaçu que prontamente atendeu ao chamado e marcamos de partir segunda cedinho.

Infelizmente o dia de Porciuncula, apesar do céu épico, não foi favorável devido a forte influencia de brisa marinha que começou bem cedo em torno das 11:30 hrs, dificultando as decolagens e fazendo com que aqueles que que decolaram fossem empurrados para baixo rapidamente pelo rotor. Traumatizados com a visão de uma condição tão espetacular e inatingível resolvemos partir para Guidoval e investir em decolar antes de a brisa marinha chegar lá.

O amanhecer de terça foi estilo Valadares, muitas nuvens baixas fechando quase tudo, o que deixou o Gilson apreensivo. Subimos para voar pela estrada recentemente consertada pelo Oscar (valeu mesmo Oscar!). Cedo o vento norte ainda predominava e o teto estava abaixo da rampa. Montamos rápido aguardamos o teto subir e quando o vento começou a virar para Leste decolamos. Subimos com fácilidade para uma base não muito alta na casa dos 1400 mts.

Conforme haviamos combinado antes de decolar, seguimos a cordilheira até Descoberto para evitar voar no terreno acidentado atrás com o teto baixo. Fomos baixo em São João Nepomuceno e depois mais uma vez perto de Bicas, de lá o Gilson seguiu mais para o norte para perto de Juiz de Fora, eu preferí me manter na rota cruzando a BR 040 um pouco a Norte de Três Rios, como havia feito ano passado, e ganhando a melhor do dia junto a um majestoso paredão de pedra que me levou a quase 2000 mts.

Daí a condição foi azulando, mesmo assim insistí em ficar voando na região mais acidentada por acreditar que seria a melhor possibilidade de achar térmicas, além da falta de pouso ser um ótimo incentivo a não dar mole de dispensar qualquer coisa. Quando fiquei baixo paralelo a Rio das Flores, ouví o Gilson dizer que pousara na estrada entre três Rios e Vassouras, resolví então começar a correr mais para o sul afim de garantir as baixadas aluviais do Rio Paraiba do Sul.

Nessa hora peguei mais uma derivando para a região montanhosa, onde o rio corre por uma garganta estreita, novamente a 1600 mts. seguí planando com minha Litespeed RS fazendo um L/D incrível que as vêzes chegou a 35:1, tipico de restituição de fim de tarde.
Chegando a Barão de Juparanã percebí que não bateria o vôo do ano passado e que meu L/D era a conta de pousar dentro da cidade.

Como estava fazendo meu primeiro vôo no novo Cinto Covert da WW, que ficou na medida e muito confortável, resolví garantir e pegar um pasto grande a beira do Rio uns 3 kms antes da cidade, mesmo estando ainda a uns 350 mts. do chão. Na hora do pouso fiquei muito satisfeito em ver como o cinto descapota fácil dando muita segurança no pouso. Na próxima já sei que vai dar para esticar até o chão sem preocupação.

2011 está só começando, promete muitos outros bons vôos.

Detalhes do voo: http://www.portaldovoo.com.br/leonardo/flight/3284

Um comentário:

  1. Sensacional teu voo Konrado, parabéns! Obrigado por compartilhar o relato, 35:1, a asinha transformada em planador, fico só imaginando...

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